sexta-feira, 26 de junho de 2020

FLAMENGO E GLOBO TRAVAM GUERRA POR DIREITOS DE TRANSMISSÃO


POR ROBERTO MAIA


O Flamengo vislumbrou outras formas de faturar nas transmissões de seus jogos 
(Foto: Alexandre Vidal/CRF)

O imbróglio entre Flamengo e Rede Globo pelos direitos de transmissão dos jogos do rubro-negro é um assunto que vem chamando a atenção. O Mengão resolveu peitar a emissora amparado na Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada. A MP altera a Lei Pelé em vigor desde 1998 e dá a prerrogativa exclusiva do clube mandante de negociar seus jogos.

Apesar de ter contrato vigente com a emissora, o clube carioca entrou com ação na Justiça para fazer valer o direito recém adquirido para a transmissão de imagens dos jogos como mandante no Campeonato Carioca. Na queda de braço, o Flamengo garante que utilizará a sua FLA TV para transmitir o seu jogo contra o Boavista, na próxima quarta-feira, no Maracanã, pela Taça Rio.

Vasco, Botafogo e Fluminense não resistiram à pressão e já concordaram com a renovação dos direitos de transmissão do Campeonato Carioca com a TV Globo. Por outro lado, a emissora avisou que ninguém recebe enquanto o rubro-negro não assinar. Briga de gigantes!

O embate é bastante interessante porque pode quebrar paradigmas e mudar a forma de transmissões de jogos de futebol no país. Desde o desmantelamento do antigo Clube dos 13, que reunia os principais times da Série A do Brasileirão, não víamos um movimento em busca de mudanças. Em fevereiro de 2011, o Corinthians rompeu com a entidade que tinha procuração para discutir os contratos de transmissões de jogos e decidiu negociar diretamente com as emissoras interessadas. E se deu muito bem, aumentado consideravelmente a sua cota nos anos seguintes ao assinar com a Rede Globo. Na sequência todos os outros clubes tomaram a mesma decisão e passaram a gerir seus interesses diretamente. Todos passaram a ganhar mais e ficaram satisfeitos até agora.

Na Europa, Benfica comercializa seus jogos na BTV

Benfica passou a comercializar seus jogos através do Benfica TV e aumentou faturamento (Foto: Pixabay)

O que o rubro-negro está querendo já é realidade na Europa há vários anos. Com o avanço da tecnologia, os canais via internet dos clubes ganharam relevância e número cada vez maior de assinantes e seguidores. No início veiculavam apenas informações sobre os esportes do clube, eventos sociais e notícias sobre o time de futebol. Assim, passaram a atender não mais apenas seus torcedores locais e ganharam projeção global.

Nesse cenário começaram a pensar grande. Um bom exemplo é o Benfica, um dos primeiros clubes a transmitir seus jogos através de seu canal na internet ao invés de vender os direitos para à Sport TV, então a emissora detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Português.

O Benfica deixou de vender os direitos de transmissão e passou ele próprio a comercializar seus jogos através do Benfica TV. A fórmula deu certo e o clube passou a faturar mais que seus rivais Porto e Sporting. Com mais de 300 mil assinantes no primeiro ano, o clube obteve receitas na ordem de 30 milhões de euros. Antes recebia apenas 7,5 milhões de euros.

Criado em 2008, o Benfica TV cresceu e nos anos seguintes passou a comprar os direitos de transmissão de jogos de outros campeonatos internacionais, inclusive o Brasileirão, Major League Soccer, Campeonato Grego e da Premier League, além de partidas das eliminatórias da Eurocopa e da Copa do Mundo. Em 2014, passou a diversificar e comprou os direitos do UFC. E para evitar a repulsa dos rivais e abocanhar um número maior de clientes mudou o nome do canal para BTV.

Certamente o Flamengo está mirando no sucesso dos portugueses e apostando forte no poder da sua marca e enorme torcida. Toda essa transformação no jeito de assistir jogos no Brasil poderá ser realidade nos próximos anos.

ROBERTO MAIA É JORNALISTA, CRONISTA ESPORTIVO, EDITOR DA REVISTA QUAL VIAGEM E DO PORTAL TRAVELPEDIA.COM.BR

sexta-feira, 19 de junho de 2020

SÍMBOLO NACIONAL, MARACANÃ FAZ 70 ANOS EM MEIO À PANDEMIA


POR ROBERTO MAIA


Ícone do Rio de Janeiro, o estádio do Maracanã recebeu jogos históricos 
também grandes públicos em seus 70 anos (Foto: José Guertzenstein/Pixabay)


Considerado um dos estádios mais famosos do mundo, o Maracanã completou 70 anos na última terça-feira, dia 16. E tal como aconteceu com o Pacaembu, que esse ano fez 80 anos, o tradicional palco do futebol mundial também tem um hospital de campanha com 400 leitos para pacientes infectados pelo novo coronavírus. Porém, diferentemente do estádio paulistano, as grandes tendas foram erguidas na sua área externa.

Batizado com o nome de Mário Filho, um jornalista, cronista esportivo e escritor entusiasta da construção do estádio, logo ficou conhecido apenas por Maracanã, que na linguagem indígena tupi-guarani significa "semelhante a um chocalho". O nome remete também ao rio que corria na região onde atualmente é um bairro com o mesmo nome. Carinhosamente os cariocas o chamam apenas de Maraca.

Palco de jogos e eventos históricos, foi inaugurado em 16 de junho de 1950. Na época era o maior estádio do mundo com capacidade para 200 mil pessoas. Foi construído para receber jogos da Copa do Mundo disputada no Brasil no mesmo ano.

A inauguração oficial contou com a presença do então presidente da República Eurico Gaspar Dutra, e o primeiro jogo ocorreu no dia seguinte ainda com andaimes e restos de materiais de construção espalhados pelas arquibancadas. A partida inaugural colocou frente a frente as seleções do Rio de Janeiro e a de São Paulo. E o resultado não foi o que os cariocas esperavam. Os paulistas venceram por 3 a 1, mas o primeiro gol no novo estádio foi marcado por Didi, então jogador do Fluminense.

Oficialmente, o recorde de público no estádio aconteceu na final da Copa do Mundo de 1950 quando 199 mil pessoas viram a seleção de Uruguai vencer o Brasil e conquistar a taça Jules Rimet. Outra marca histórica pertence a Zico, ídolo do Flamengo. Ele é o maior artilheiro do Maracanã com 333 gols marcados em 435 jogos.

Em sete décadas, o gigante recebeu jogos históricos e também grandes públicos. O maior deles entre clubes foi na final do Campeonato Carioca de 1963 entre Flamengo e Fluminense, quando 194 mil torcedores pagaram ingressos.  

Para receber jogos da Copa de 2014, o Maracanã foi totalmente reformado e sua capacidade foi reduzida para 78,8 mil pessoas (Foto: Pixabay)

Ao longo dos anos e para se adaptar aos padrões internacionais de segurança, muitas reformas foram realizadas e a sua capacidade foi sendo reduzida gradualmente. Em uma delas foi extinta a antiga geral, que era símbolo do estádio. A última foi realizada em 2013 para que o um “novo Maracanã” pudesse receber jogos e sediar a final da Copa do Mundo de 2014. Foram gastos mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos e sua capacidade foi reduzida para 78.838 torcedores. Quem comemorou dessa vez foram os alemães que bateram a Argentina por 1 a 0 e se tornaram tetracampeões mundiais.

A Seleção Brasileira realizou jogos memoráveis no Maracanã. Entre eles o que marcou a conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos disputados no Rio de Janeiro em 2016. Nossa seleção olímpica quebrou um jejum histórico ao vencer a Alemanha na final.

Times paulistas comemoraram 16 títulos no Maracanã

Seis times de São Paulo comemoraram importantes conquistas no Maracanã. Foi lá também que Pelé marcou o seu milésimo gol em jogo do Santos contra o Vasco da Gama. Melhor palco impossível! O Rei do Futebol também conquistou três títulos brasileiros no estádio.

Aliás, o Santos foi o time paulista com maior número de conquistas dentro do Maracanã. Foram oito taças levantadas. Em 1963, foi campeão do Torneio Rio-SP, Campeonato Brasileiro e do Mundial de Clubes. Também venceu os Brasileiros de 1964, 1965 e 1968; e os Rio-SP de 1964 e 1997.

Reprodução Revista Fiel Torcida
Além dos títulos do Santos, os outros times de São Paulo que ergueram taças no Maracanã foram o Corinthians (Rio-SP de 1953 e Mundial de Clubes de 2000), Palmeiras (Copa Rio de 1951 e Brasileiro de 1967), São Paulo (Taça dos Campeões Estaduais de 1957 e 1987), Portuguesa (Torneio Rio-SP de 1952) e Santo André (Copa do Brasil de 2004).

Um outro jogo do Corinthians também ficou marcado na história do estádio. Na semifinal do Brasileiro de 1976, quando venceu o Fluminense nos pênaltis, a torcida corinthiana se fez presente com cerca de 80 mil torcedores alvinegros. A partida ficou conhecida como a “Invasão do Maracanã”.

E se a pandemia deixar, o Maracanã receberá ainda este ano um outro jogo histórico em seus 70 anos. Ele será o palco da final da Copa Libertadores. Tomara esse jogo possa acontecer e tenha um time brasileiro na disputa.

Parabéns Maraca!

ROBERTO MAIA É JORNALISTA, CRONISTA ESPORTIVO, EDITOR DA REVISTA QUAL VIAGEM E DO PORTAL TRAVELPEDIA.COM.BR


sexta-feira, 12 de junho de 2020

NA CONTRAMÃO DO MUNDO SÃO PAULO PREPARA A VOLTA DO FUTEBOL


POR ROBERTO MAIA

Decisão para a volta do futebol na cidade de São Paulo está nas mãos do prefeito Bruno Covas que esteve reunido com os dirigentes da FPF e dos clubes (Foto: Marcelo Pereira/Prefeitura de São Paulo)

Me causa enorme espanto o que está acontecendo em São Paulo e em muitas outras localidades do país. Pressionados por interesses econômicos, políticos e preocupados com a queda de popularidade e aprovação de seus nomes nas pesquisas, governadores e prefeitos em mórbida sintonia vão flexibilizando regras de isolamento apesar de o país registrar na última semana a maior média de mortes provocadas pelo novo coronavírus em todo o mundo. Superando inclusive os Estados Unidos e o Reino Unido, países que contabilizam os maiores números absolutos de mortes no mundo até o momento.

Assim, nesse cenário sem a liderança do governo federal, lembrando que o Ministério da Saúde não tem um ministro titular desde a saída de Nelson Teich em meados de maio, e com mais de mil óbitos diários, o Estado de São Paulo prepara a volta do futebol. São Paulo que também vive dias de recordes de contaminações e óbitos pela covid-19 com mais de 10 mil mortes e cerca de 156 mil casos.

Depois da flexibilização que permitiu a volta do funcionamento do comércio de rua e dos shoppings, a Federação Paulista de Futebol (FPF) realizou videoconferência na última quarta-feira com dirigentes dos 16 clubes que disputam o Campeonato Paulista. Na pauta a retomada da competição e os protocolos para garantir total segurança aos jogadores, comissões técnicas e outros profissionais envolvidos.

Na oportunidade ficou definida a volta dos treinos já a partir da próxima segunda feira, dia 15. Também ficou combinado que todas as equipes terão de providenciar os testes para a covid-19 para seus atletas, comissão técnica e funcionários. Importante ressaltar que a decisão dos dirigentes do futebol paulista ocorreu no mesmo dia em que o governador João Doria anunciou a ampliação da quarentena na cidade de São Paulo até o dia 28 de junho.

Paulistão terá um Derby na primeira rodada da retomada


Clássico entre Corinthians e Palmeiros marcará a primeira rodada do Paulistão após retomada do futebol na cidade (Foto: César Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação)

Porém, a decisão final para a retomada do futebol no Estado depende dos prefeitos das cidades que têm clubes participando da Série A1 do Paulistão. Na capital, o prefeito Bruno Covas decidirá após reunião com seus secretários de Esportes Maurício Landim, e da Saúde Edson Aparecido, juntamente com o presidente da FPF Reinaldo Carneiro Bastos, e dos presidentes dos três grandes clubes da cidade: Andrés Sanchez (Corinthians), Maurício Galiotte (Palmeiras) e Carlos Augusto de Barros e Silva (São Paulo).

Com o objetivo de criar uma mediação pré-judicial para que a retomada gradual aos trabalhos seja segura tanto nos aspectos de saúde como jurídicos, também na quinta-feira, aconteceu uma reunião do Sindicato das Associações de Futebol de São Paulo (Sindibol) com o Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo, o Sindicato dos Treinadores Profissionais de Futebol do Estado de São Paulo, o Sindicato dos Árbitros de Futebol de São Paulo, o Ministério Público do Trabalho, Ministério Público do Estado de São Paulo, o Governo do Estado de São Paulo, a FPF e os 16 clubes.

O Paulistão foi paralisado no dia 16 de março, quando ainda restavam duas rodadas para o fim da primeira fase. Para a conclusão da competição serão necessárias seis datas, sendo duas para a finalização da fase de grupos, uma para as quartas de final, uma para as semifinais e duas para os jogos finais. Lembrando que logo na primeira rodada da retomada haverá o clássico entre Corinthians e Palmeiras na arena de Itaquera. Todos os jogos serão com portões fechados sem a presença de torcedores.

Na Europa a Alemanha foi o primeiro país a permitir a volta do futebol. Nessa semana retornam os jogos na Espanha e, no próximo dia 20, na Itália. Porém, diferentemente do Brasil, a curva de contaminação do novo coronavírus nesses países está na descendente. Infelizmente aqui a retomada acontece no auge da pandemia. Só nos resta torcer para que nada de ruim aconteça para que não tenhamos que voltar atrás no processo de isolamento e das paralisações.

ROBERTO MAIA É JORNALISTA, CRONISTA ESPORTIVO, EDITOR DA REVISTA QUAL VIAGEM E DO PORTAL TRAVELPEDIA.COM.BR

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Esportistas de todo o mundo se manifestam contra o racismo


POR ROBERTO MAIA


Jogadores do Liverpool ajoelhados no gramado do estádio Anfield Road 
em solidariedade ao movimento “Vidas Negras Importam” 
(Foto: Andrew Powell/Liverpool FC/Twitter)


Fico muito irritado quando assisto entrevistas dos atuais jogadores de futebol. A maioria absoluta deles tem o mesmo discurso superficial onde falam e não dizem absolutamente nada. Alguns até demonstram rara habilidade com a bola nos pés, porém quando são chamados a darem opinião são rasos intelectualmente.


Nessas horas sinto uma imensa saudade de jogadores como Afonsinho, que atuou nas décadas de 1960/70, e Sócrates, o ídolo do Corinthians que jogou entre os anos 1970/80. Poderia citar outros mas vou me ater apenas a esses dois craques. Ambos tinham em comum a habilidade técnica, a inteligência, eram meias e médicos. Além desses predicados eles eram politizados e não evitavam dar opiniões sobre os principais problemas políticos e sociais do país. E isso em um período muito difícil politicamente na história do Brasil.

Afonsinho, que jogou no Santos, Botafogo (RJ), XV de Jaú, Olaria, Vasco, Flamengo e Fluminense, foi o primeiro jogador a conseguir passe livre no Brasil, em 1971. Lembrando que esse direito os jogadores só adquiriram 27 anos depois através da Lei n° 9615.

Já o Doutor Sócrates, como era carinhosamente chamado pela torcida corinthiana, marcou época pelas posições políticas que assumia dentro e fora dos gramados. Juntamente com Casagrande e Wladimir, liderou o movimento que ficou conhecido como Democracia Corinthiana e participou ativamente da campanha pelas Diretas Já, que pedia a redemocratização do Brasil. Ele aproveitava o seu prestígio no futebol como instrumento para exercer sua liberdade de expressão. Tanto que comemorava seus gols com o punho cerrado erguido aos céus, tal como os Panteras Negras - movimento revolucionário dos Estados Unidos.


Lidér da Democracia Corinthiana o Doutor Sócrates marcou época pelas posições 
políticas que assumia dentro e fora dos gramados (Foto: FIFA)
                                 Justiça para George Floyd

Feita essa longa introdução, fiquei muito feliz ao ver esportistas de todo o mundo demonstrando solidariedade ao movimento “Black Lives Matter” – “Vidas Negras Importam”, em inglês -, que exige justiça no caso da morte do negro norte-americano George Floyd por policiais de Minneapolis.

Que bom ter visto o atacante Marcus Thuram se ajoelhando após marcar um gol na vitória do Borussia Mönchengladbach sobre o Union Berlin, no Campeonato Alemão. O francês repetiu o gesto de Colin Kaepernick, ex-jogador do San Francisco 49ers da NFL (liga de futebol americano dos EUA), em 2017, durante a execução do hino nacional dos EUA, em protesto contra a contra a violência policial e a desigualdade racial no país.

Jadon Sancho do Borussia Dortmund 
(Foto: Reprodução Instagram Sanchoo10)
Também na Bundesliga, o atacante inglês Jadon Sancho, do Borussia Dortmund, protestou exibindo uma camiseta escondida sob o uniforme do time com a mensagem “Justice for George Floyd” - “Justiça para George Floyd” - após marcar um gol.

Durante toda a semana, muitos outros atletas também se manifestaram através das redes sociais com as mais diferentes mensagens sobre o mesmo assunto. Entre eles, o atacante do PSG, o francês Kylian Mbappé, e o hexacampeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton, que tem mais de 5,7 milhões de seguidores no Twitter, O astro inglês postou um vídeo de uma jovem negra americana chorando sobre o racismo nos EUA. Outra esportista negra, a tenista Serena Williams propagou o vídeo “Don't Do It” da Nike juntamente com a mensagem: "Não finja que não há problema na América".

Na Premier League, jogadores do Liverpool e do Chelsea divulgaram fotos em solidariedade ao movimento contra o racismo. Em ambas as imagens os atletas ajoelhados em sessões de treinamento das equipes. A foto foi retuitada pelas contas oficiais de ambos os clubes.

No centro de treinamentos de Londres os jogadores do Chelsea 
também prestaram solidariedade ao movimento contra o racismo 
(Foto: Site Oficial Chelsea FC)

Fico pensando se no Brasil os campeonatos já tivessem sido retomados se os jogadores também iriam aderir em solidariedade aos movimentos contra o racismo que acontecem mundo afora. Ou será que, apesar da pandemia da covid-19 que está matando milhares de brasileiros diariamente, iriam fazer dancinhas coreografadas na hora do gol. Melhor não saber! 

ROBERTO MAIA É JORNALISTA, CRONISTA ESPORTIVO, EDITOR DA REVISTA QUAL VIAGEM E DO PORTAL TRAVELPEDIA.COM.BR