Por
Roberto Maia
Ferrari
fez grandes mudanças no carro e confia na experiência
dos seus pilotos (Foto:
Studio Colombo Pirelli)
Normalmente
falo sobre futebol nesse espaço. Porém, nessa semana abro uma exceção para
falar a Fórmula 1 e a queda no interesse e da audiência no Brasil. A ausência
de pilotos brasileiros que façam a diferença desmotivou os torcedores que
acostumaram ver gênios do volante como Airton Senna, Nelson Piquet e Emerson
Fittipaldi. Esperanças como Rubens Barrichello e Felipe Massa, infelizmente não
confirmaram. Talvez porque preferiram ser coadjuvantes na Ferrari e ficarem
milionários.
Mas como
a Fórmula 1 é um show, tanto que é chamada de circo, as mudanças sempre ocorrem
com o objetivo de melhorar o espetáculo. Esse ano, a tentativa é fazer com que
haja mais briga pela ponta e acirrar a disputa entre Mercedes e Ferrari. Também
será a temporada mais longa da história da modalidade com 21 corridas.
Novos
carros e mudanças nas regras buscam aumentar a competitividade após dois anos
seguidos em que a Mercedes dominou a categoria. Entre as novidades está a nova
classificação, a maior liberdade na escolha dos pneus e limitações nas conversas
entre engenheiros e pilotos via rádio. A maior expectativa é quanto ao novo
modelo de classificação para as corridas. O novo sistema, que parece não ter
agradado aos pilotos, mantém a divisão em três partes mas passará a eliminar um
carro a cada 90 segundos até que a pole seja decidida nos instantes finais. No
final haverá apenas dois pilotos disputando a pole.
A
temporada que começa nesse final de semana com o Grande Prêmio da Austrália e a
expectativa está toda no desempenho da Ferrari. A equipe italiana fez grandes
mudanças no carro e confia na experiência dos seus pilotos: Sebastian Vettel e Kimi
Raikkonen.
Na forte
Mercedes o que os amantes do esporte querem é que a equipe não interfira tanto
na disputa entre os pilotos Lewis Hamilton e Nico Rosberg.
E o que
esperar da McLaren? Tudo indica que também estará mais forte. Pelo menos nos testes
realizados durante a pré-temporada o carro e o motor Honda demonstraram maior
resistência e rapidez. Bom para Fernando Alonso que deve estar com saudade dos pódios.
Apesar
das mudanças, os pilotos brasileiros – Felipe Massa e Felipe Nasr – devem
continuar disputando posições intermediárias. Tudo indica que a audiência
seguirá caindo.
LIBERTADORES – A rodada de quarta-feira foi boa
para o Corinthians e ruim para o São Paulo. O empate do Tricolor com o fraco
Trujillanos na Venezuela deixa o time na UTI em termos de classificação para a
próxima fase. Só não foi pior porque o River Plate também empatou com o The
Strongest na altitude de La Paz, na Bolívia. Essa é a pior campanha do São
Paulo nessa fase da competição: uma derrota, dois empates, apenas dois pontos
conquistados e dois gols marcados. O risco da eliminação precoce coloca ainda
mais pressão no time comandado por Patón Bauza, que tem pela frente o
Trujillanos e o River Plate, ambos no Morumbi, e o The Strongest, em La Paz.
Para não depender de resultado dos adversários será necessário vencer os três
jogos para chegar às oitavas de final.
O
Corinthians não encontrou dificuldades para superar o Cerro Porteño na arena de
Itaquera. Depois de passar por sufoco e ser derrotado em Assunção, o time
venceu fácil e recuperou a liderança do Grupo 8 da Copa Libertadores. O Timão,
agora com nove pontos, pode até se classificar no próximo jogo, contra o Santa
Fe, em Bogotá, no dia 6 de abril.
Ganso volta a jogar bem, fez um gol, mas
perdeu pênalti que daria a vitória ao Tricolor
(Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)
Lucca
teve participação efetiva na vitória
corinthiana sobre o Cerro Porteño
(Foto:
Divulgação/ Ag.Corinthians)