quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

COPA SUL-AMERICANA COM NOVO FORMATO E PRÊMIO MILIONÁRIO

POR ROBERTO MAIA

Hérnán Crespo com a taça de campeão da Copa Sul-Americana conquistada pelo Defensa y Justicia (Foto: Reprodução Twitter Conmebol Sudamericana)

É certo que os torcedores brasileiros torcem o nariz quando seus times têm que disputar a Copa Sul-Americana, segundo torneiro mais importante da América do Sul. E o motivo é óbvio. Significa que não se classificaram para a Libertadores da América. E que terminaram o Brasileirão no meio da tabela. Não raro chamam o torneio de Série B da Libertadores.

Entretanto, na edição de 2021, a Sul-Americana passa a ter um atrativo maior: a premiação. A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) resolveu aumentar o montante que será distribuído entre as equipes participantes. Serão US$ 59 milhões (cerca de R$ 319,8 milhões). O aumento foi de US$ 11,8 milhões em relação ao total do prêmio pago em 2020. Então, esse ano, o campeão da Sul-Americana embolsará até US$ 6,8 milhões (cerca de R$ 36,8 milhões).

Outra novidade no torneiro desse ano será o formato de disputa, que também aumenta o número de jogos, que passa de 105 para 157. O novo modelo deixa a competição muito parecida com a Libertadores, inclusive com fase preliminar e fase de grupos. Os mata-matas ocorrerão apenas a partir das oitavas de final.

Na fase preliminar os confrontos ocorrerão apenas entre times do mesmo país em jogos de ida e volta. Exceção para os times da Argentina e do Brasil que ficam de fora dessa fase.

Da fase preliminar sairão 16 times, que se juntarão às seis equipes argentinas e seis brasileiras, além das quatro eliminadas da terceira fase da Copa Libertadores. Serão oito grupos com quatro times definidos através de sorteio.

O primeiro colocado de cada grupo seguirá na disputa passando à fase dos mata-matas. Eles enfrentarão as equipes terceiras colocadas nas oitavas de final da Libertadores.

A final da Sul-Americana será disputada em jogo único no dia 6 de novembro. O local ainda não foi definido.

Entre as equipes brasileiras que conquistaram a Sul-Americana, a Chapecoense ficou com a taça em 2016 (Foto: Sirli Freitas/Chapecoense)

O atual campeão do torneio é o Defensa y Justicia da Argentina, que era comandada pelo treinador Hernán Crespo, agora no São Paulo. Os times brasileiros que já ganharam a competição são o Internacional (2008), São Paulo (2012), Chapecoense (2016) e Athletico-PR (2019).

ROBERTO MAIA É JORNALISTA, CRONISTA ESPORTIVO, EDITOR DA REVISTA QUAL VIAGEM E DO PORTAL TRAVELPEDIA.COM.BR

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

HERNÁN CRESPO CHEGA E PROMETE FUTEBOL “PROTAGONISTA”

 POR ROBERTO MAIA

Como treinador Hernán Crespo foi campeão da Copa Sul-Americana de 2020 dirigindo o Defensa y Justicia. (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

O novo treinador do São Paulo, Hernán Jorge Crespo, desembarcou em São Paulo na última terça-feira. O argentino chegou ao Brasil juntamente com a sua equipe técnica e foi recebido no Morumbi pelo presidente Julio Casares e pelo ex-jogador Kaká. Ele trouxe consigo seus auxiliares de confiança Juan Branda (auxiliar técnico), Alejandro Kohan e Gustavo Sato (preparadores físicos), Gustavo Nepote (preparador de goleiros) e Tobías Kohan (analista de desempenho). O grupo fez um tour de reconhecimento pela nova casa e no dia seguinte foi apresentado ao elenco no CT da Barra Funda.

O novo comandante do Tricolor chega respaldado pela conquista da Copa Sul-Americana de 2020, com o modesto Defensa y Justicia. Importante ressaltar que o time argentino foi campeão de forma invicta.

O São Paulo será o quinto trabalho de Crespo como treinador. Ele tem apenas 45 anos de idade. Como jogador foi um aguerrido centroavante e defendeu clubes importantes da Europa como o Parma, Lazio, Milan, Internazionale e Chelsea. Iniciou a carreira no River Plate e fez sucesso vestindo a camisa da seleção da Argentina onde atuou 64 vezes. Disputou três Copas do Mundo (1998, 2002 e 2006).

Logo que desembarcou no Brasil, Hernán Crespo disse que o São Paulo é muito grande e tem que ser protagonista. (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Em sua primeira declaração como treinador são-paulino disse que seu objetivo é desenvolver um futebol “protagonista” e que “busca o gol adversário”. Crespo assinou contrato de dois anos com o São Paulo e deverá dirigir o time apenas no Campeonato Paulista que começará no próximo dia 27 de fevereiro.

Bruno Rodrigues – E a reformulação do elenco já começou no Tricolor. No mesmo dia em que recebeu o novo treinador, a diretoria confirmou a contratação do primeiro reforço para 2021: o atacante Bruno Rodrigues. Com 23 anos, ele chega por empréstimo até dezembro. Existe a possibilidade de compra ao término deste período.

Destaque da Ponte Preta em 2020, o jogador foi o artilheiro da Macaca com 11 gols. Bruno já realizou os exames médicos e assinou o contrato com o clube. Também já esteve no CT da Barra Funda, onde conheceu os novos companheiros.

ROBERTO MAIA É JORNALISTA, CRONISTA ESPORTIVO, EDITOR DA REVISTA QUAL VIAGEM E DO PORTAL TRAVELPEDIA.COM.BR

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

CLUBES EUROPEUS DOMINAM O MUNDIAL DE CLUBES DA FIFA

POR ROBERTO MAIA

Bayern conquistou o sexto título em uma temporada que entra para a história do incrível time de Munique (Foto: Reprodução site fcbayern.com)

O Mundial de Clubes da FIFA escancara uma realidade extremamente dura para o futebol da América do Sul, que é a superioridade dos times europeus no mundo da bola. O poderio financeiro é o motivo mais aparente desse abismo que ano a ano fica mais profundo.

Antes do torneio ser organizado pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) ele foi disputado com o nome de Copa Intercontinental de Clubes, entre os anos de 1960 e 1999, e envolvia apenas os campeões da Copa Libertadores da América e o da Liga dos Campeões da Europa. Nesse período havia maior equilíbrio de forças. 

Fator preponderante foi a Lei Bosman, em 1995, onde jogadores da União Europeia deixaram de ser considerados estrangeiros. A partir daí os clubes mais ricos da Europa passaram a contratar os melhores talentos dos países vizinhos, além de outros dos demais continentes que tivessem descendência comprovada de algum país europeu.

O Corinthians foi o último time da América do Sul a derrotar um da Europa no Mundial de Clubes (Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians)

O reflexo veio a partir de 2000, ano em que foi disputado o primeiro Mundial de Clubes organizado pela FIFA, os europeus concretizaram a supremacia. Algo que no início não parecia que iria acontecer porque os três primeiros campeões do torneio foram times brasileiros: Corinthians (2000), São Paulo (2005) e Internacional (2006). Na sequência os times da Europa dominaram: Milan (2007), Manchester United (2008), Barcelona (2009, 2011 e 2015), Internazionale (2010), Bayern de Munique (2013 e 2020), Real Madrid (2014, 2016, 2017 e 2018), e Liverpool (2019). Única exceção aconteceu em 2012, quando o Corinthians conquistou o bicampeonato ao vencer o Chelsea.

O Real Madrid é o maior vencedor do Mundial de Clubes com sete taças conquistadas. Entre os clubes brasileiros o São Paulo lidera com três títulos mundiais (1992, 1993 e 2005).

O atual modelo de disputa do Mundial de Clubes, com os seis campeões continentais e o campeão do país-sede da competição, será alterado para se tornar uma Super Copa do Mundo de Clubes. E era para estrear na edição de 2021, porém foi adiado por conta da pandemia.

Palmeira, o melhor time das Américas na temporada, amargou o quarto lugar no Mundial de Clubes da FIFA (Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras)

Quando for colocado em prática o novo formato idealizado pela FIFA, as coisas ficarão ainda mais difíceis para os times sul-americanos. A ideia da entidade máxima do futebol mundial é que o torneio seja disputado a cada quatro anos e com a participação de 24 times. Serão 12 equipes da Europa, cinco da América do Sul, duas da América do Norte, duas da África, duas da Ásia e uma da Oceania. Cada confederação continental terá liberdade para definir os critérios de classificação para o torneiro que será chamado de Copa do Mundo de Clubes.

A competição terá oito grupos de três equipes, sendo que os vencedores de cada um se classificam para as quartas de final, etapa em que os jogos passam a ser eliminatórios até a grande final.

Caso o futebol não seja repensado no continente sul-americano a hegemonia europeia será duradoura. E, pior, com diferença cada vez maior do nível técnico entre as equipes.

ROBERTO MAIA É JORNALISTA, CRONISTA ESPORTIVO, EDITOR DA REVISTA QUAL VIAGEM E DO PORTAL TRAVELPEDIA.COM.BR

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

PALMEIRAS EM BUSCA DA CONSAGRAÇÃO NO MUNDIAL DE CLUBES DA FIFA

 POR ROBERTO MAIA

O técnico Abel Braga e o presidente Maurício Galiotte posam com a taça da Libertadores da América antes do embarque do Palmeiras para o Catar (Foto: Cesar Graco/Ag. Palmeiras) 

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radicionalmente, a disputa do Mundial de Clubes da FIFA acontece no mês de dezembro. Excepcionalmente, a edição de 2020, será realizada em fevereiro de 2021 por causa da pandemia de Covid-19 que provocou mudanças no calendário das competições em todo o mundo.

O torneio será disputado no Catar, sede da Copa do Mundo de 2022, no período de 4 a 11 de fevereiro. Participam do Mundial de Clubes o Palmeiras (campeão da Copa Libertadores da América), o Bayern de Munique (campeão da Liga dos Campeões da Europa), o Al-Ahly (África), o Al-Duhail (representante do Catar, país sede), o Tigres (América do Norte) e o Ulsan Hyundai (Ásia). O Auckland City, representante da Oceania, desistiu de participar da competição por conta das medidas sanitárias rígidas da Nova Zelândia durante a pandemia do coronavírus.

O Palmeiras embarcou na terça-feira e tem estreia marcada para o próximo domingo, dia 7, às 15h (horário de Brasília) em jogo válido pela semifinal da competição. O Verdão enfrentará o vencedor do confronto entre Tigres (México) ou Ulsan Hyundai (Coreia do Sul). Na segunda-feira será a vez do poderoso Bayern de Munique estrear contra Al Duhail ou Al Ahly.

A edição de 2020 será a 17ª organizada Federação Internacional de Futebol (FIFA), reunindo os campeões continentais e o campeão do país anfitrião. A competição foi realizada pela primeira vez em janeiro de 2000, no Brasil, e foi vencida Corinthians, à época representante do país sede.

A segunda edição aconteceu somente em 2005 e o Japão foi escolhido para receber o torneio. O país asiático foi sede da competição até 2008, com as finais no Estádio de Yokohama, o mesmo onde o Brasil conquistou o pentacampeonato na Copa do Mundo de 2002. Os japoneses foram os anfitriões também nos anos de 2011, 2012, 2015 e 2016. Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, foi a sede nas competições de 2009, 2010, 2017 e 2018. Em 2013 e 1014, o Mundial de Clubes foi realizado no Marrocos. E, finalmente, a edição de 2019 teve lugar em Doha, a capital do Catar.

O Bayern de Munique do goleador Lewandowski está em busca do quarto Mundial. A equipe alemã da Baviera foi campeã em 1976, 2001 e 2013 (Foto: Reprodução site fcbayern.com) 

De acordo com a FIFA, em 2020 seria o último torneio com o atual formato, com os seis campeões continentais e o campeão do país-sede da competição. Porém, o modelo será mantido para a temporada de 2021 por conta da pandemia. O novo Mundial de Clubes ainda não tem data para estrear.

O novo formato idealizado pela FIFA será como a da Copa do Mundo, que é disputada a cada quatro anos. Assim, terá a participação de 24 times, sendo oito da Europa, seis da América do Sul e as demais divididas entre os outros continentes. Cada confederação continental terá liberdade para definir os critérios de classificação para o torneiro que será chamado de Copa do Mundo de Clubes. O novo Mundial de Clubes fará com que a Copa das Confederações despareça do calendário.

A primeira edição do super Mundial de Clubes deverá ficar para 2022 ou 2023. A competição terá oito grupos de três equipes, sendo que os vencedores de cada um se classificam para as quartas de final, etapa em que os jogos passam a ser eliminatórios até a grande final. A ideia da FIFA é que participem 12 equipes da Europa, cinco da América do Sul, duas da América do Norte, duas da África, duas da Ásia e uma da Oceania.

ROBERTO MAIA É JORNALISTA, CRONISTA ESPORTIVO, EDITOR DA REVISTA QUAL VIAGEM E DO PORTAL TRAVELPEDIA.COM.BR