domingo, 30 de julho de 2017

Palmeiras investe tudo na Libertadores

POR ROBERTO MAIA

O Palmeiras de Keno está fora da Copa do Brasil e agora 
investe tudo na Libertadores (Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras) 
Como diziam os antigos cronistas, o futebol é uma caixinha de surpresas. Quem poderia imaginar que 2017 seria tão complicado para o Palmeiras, atual campeão brasileiro e ainda mais reforçado que no ano passado? Com um elenco grande e milionário, o Verdão sofreu essa semana a segunda eliminação no ano ao empatar com o Cruzeiro em Minas. Após ficar fora das finais do Paulistão e agora da Copa do Brasil, a Copa Libertadores passa a ser o sonho dourado, visto que no Brasileirão a distância para o líder Corinthians torna o título praticamente impossível.

     Claro que o torcedor alviverde está chateado, porém se analisar friamente verá que o planejamento deste ano tem sido bastante confuso, além da mudança de treinador e a chegada de jogadores no meio da temporada. Basta ver que o atual comandante Cuca ainda não conseguiu definir um time titular. No jogo contra o Cruzeiro, por exemplo, cinco jogadores considerados titulares não puderam atuar. Deyverson e Bruno Henrique, contratados após o prazo de inscrição, Luan, Mayke e Juninho, que já haviam jogado por outros times do torneio.

     Para avançar às quartas de final da Libertadores terá que superar o Barcelona de Guayaquil, no próximo dia 9 de agosto, no Allianz Parque.

CORINTHIANS
Gols de Balbuena ajudam o Corinthians a seguir forte 
no Brasileirão e Copa Sul-Americana (Foto: Ag.Corinthians)

  A máxima da “caixinha de surpresas” também se aplica muito bem ao surpreendente Corinthians. Rotulado como a quarta força do futebol paulista, conquistou o Paulistão e já acumula a incrível marca de 31 jogos sem derrotas na temporada. Segue firme na liderança do Brasileirão com oito pontos à frente do Grêmio e avançou na Copa Sul-Americana ao vencer o Patriotas da Colômbia na sua arena. O jogo foi fraco e Fábio Carille escalou um time misto com vários reservas. Merecem registros a ótima fase do zagueiro artilheiro Balbuena que voltou a marcar – já são cinco gols na temporada - e o primeiro gol como profissional do novo xodó da fiel, o garoto Pedrinho. E que golaço! O Timão troca o chip e enfrenta o Flamengo na arena de Itaquera. O Mengão ocupa a quarta colocação no Brasileirão com 28 pontos, 12 a menos que o Corinthians.


SÃO PAULO
O “profeta” Hernanes voltou com a missão de tirar 
o time das últimas posições no Brasileirão 
(Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

    Após a heroica virada sobre o Botafogo ontem no rio de Janeiro, o Tricolor dá sinais de melhora e começa a dar alento aos seus torcedores. Aos poucos o experiente Dorival Junior vai dando padrão de jogo ao time, que melhorou muito com a entrada do “profeta” Hernanes, que voltou a vestir a camisa do clube que deixou há sete anos. Ele participou das campanhas vitoriosas em 2007 e 2008, quando foi bicampeão brasileiro. Depois se transferiu para a Lazio. Na Europa também defendeu a Inter de Milão e Juventus antes de ser negociado com o Hebei Fortune, da China.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

O futebol moderno matou ou afastou os “Geraldinos”?

POR ROBERTO MAIA

No velho Maracanã os torcedores assistiam aos jogos em pé,
sem conforto, mas sempre com alegria (Foto: Arquivo Nacional)

Desde a Copa de 2014 e com a chegada das modernas – e caras – arenas ao Brasil, tenho ouvido muita reclamação através das mídias sociais e também via imprensa esportiva sobre a elitização do futebol no País. De maneira geral o que muita gente comenta é o afastamento dos torcedores de baixa renda das praças esportivas, o que estaria aniquilando a verdadeira essência do futebol brasileiro.

No passado também tivemos uma fase – décadas de 1950 a 1970 - em que grandes estádios foram construídos. Grandiosos, alguns até ganharam apelidos superlativos como Mineirão, Castelão, Mangueirão, Albertão, Prudentão, Morenão, etc. Eram comuns clássicos disputados com públicos superiores a 100 mil pessoas.

O Maracanã era a “joia da coroa” e motivo de inveja mundial por causa dos seus 200 mil lugares. Os mais velhos certamente lembram da antiga geral, espaço sem conforto algum onde os torcedores – chamados de “Geraldinos” - assistiam aos jogos em pé, sem visão adequada do campo de jogo e pagando ingressos de baixo custo. Mas os 30 mil lugares estavam sempre cheios de gente alegre – muitos fantasiados – que demonstravam no semblante o amor que sentiam pelos seus clubes de coração. As regras impostas pela Fifa e a reforma para receber jogos do Mundial levaram à extinção da velha geral. O local ganhou cadeiras e o espaço foi reduzido para 18 mil lugares.

O filme-documentário “Geraldinos” de Pedro Asbeg e Renato 
Martins mostra a fase romântica do futebol (Foto: Divulgação)

Em São Paulo, o Morumbi, com capacidade atual para 77 mil lugares, continua sendo o maior do Estado. Foi durante muito tempo o maior estádio particular do mundo. Seu maior público registrado foi no segundo jogo da final do Campeonato Paulista de 1977 entre Corinthians e Ponte Preta, quando recebeu mais de 146 pagantes – fora os que entraram sem pagar. Foi cotado para receber jogos da Copa, mas o plano de modernização não agradou aos padrões da Fifa, que escolheu a moderna arena do Timão.

Apesar da grande capacidade, o São Paulo tem muita dificuldade para manter o estádio rentável. Várias reformas foram feitas. Camarotes, restaurantes, lojas e até academia foram construídos. Antes do Allianz Parque era o maior espaço para grandes shows na cidade. Mas ainda recebe muitos deles, oportunidade em que tem sua capacidade plena ocupada. Mas sofre quando tem que mandar seus jogos lá. No atual Brasileirão, por exemplo, a média de pagantes é de apenas 21,6 mil torcedores. E cobrando o ingresso com valor mais baixo entre os times grandes paulistas. Enquanto seus torcedores pagam R$ 25 em média, os palmeirenses têm que dispor de R$ 61 e os corinthianos R$ 53. Apesar do menor custo, os rivais têm médias maiores de público: 36,6 mil o Corinthians e 33,4 mil o Palmeiras.   

Torcedores do Palmeiras pagam em média R$ 61 para 
assistir jogos no Allianz Parque (Foto: Divulgação)

Como então pensar em atrair de volta os torcedores de menor renda aos estádios? Claro que o preço dos ingressos cobrados atualmente limita e muito o acesso destes torcedores. Corinthians e Palmeiras cobram caro e têm suas casas sempre quase cheias. O São Paulo cobra bem menos e consegue ocupação média de apenas 32% da capacidade do estádio. E como explicar a média de apenas 9,1 mil pagantes do Vitória da Bahia, que vende os ingressos mais baratos entre os times que disputam a Série A – apenas R$ 17 em média?

Entendo que ao contrário do que muita gente imagina, não basta ter muitos lugares cobrando ingressos a preços baixos. Nos clássicos e decisões as arenas estariam lotadas, mas, e nos jogos com menor apelo em noites de quartas-feiras às 21h45? Se estiver frio e chovendo então será prejuízo na certa. O fato é que um conjunto de fatores afastam os torcedores de maneira geral: a falta de dinheiro, o transporte público ruim, a violência que mata torcedores apesar da hipocrisia da torcida única e a situação dos times dentro do campeonato.

Essa é uma discussão que tem que existir e envolver todos as partes no processo. Se é que existe ainda interesse em manter a essência do nosso futebol. Caso contrário iremos apenas enxugar gelo enquanto assistimos confortavelmente os jogos pela televisão. 

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Corinthians cala críticos e segue imbatível

POR ROBERTO MAIA

Cássio tem a terceira maior marca de um goleiro corinthiano no
campeonato: está atrás de Carlos (661 min) e Jairo (957 min)

O desempenho do Corinthians no Brasileirão 2017 está “fora da curva”, termo muito utilizado por estatísticos e matemáticos. Tanto que jornalistas e comentaristas esportivos, que no início de cada ano costumam fazer previsões – e erraram feio até aqui –, estão se agarrando agora aos dados estatísticos do campeonato na era dos pontos corridos para explicar a campanha arrasadora do time treinado por Fábio Carille. A invencibilidade de 27 jogos - quase quatro meses sem perder com 17 vitórias e dez empates -, os sete jogos (637 minutos) de Cássio sem levar gols, a defesa menos vasada, aproveitamento de 89,7% no campeonato entre outros, trouxe à tona velhos rankings e comparações.

Nas mídias sociais vídeos do jornalista Juca Kfouri e do apresentador e ex-craque do Corinthians Neto devem estar entre os mais assistidos ultimamente. O primeiro dizendo que o Palmeiras tem melhor time e será campeão. E o segundo detonando do Alvinegro e Carille. Neto brada que o time do Corinthians é ruim e vai brigar para não ser rebaixado. Disse também que Carille é “bonzinho” e não terá futuro como treinado. Mãe Dináh deve estar se revirando no túmulo.





O fato é que ninguém – principalmente quem acompanha futebol e acha que entende – poderia imaginar que o Timão poderia fazer uma campanha como a que está realizando. Todos diziam que ganhou o Paulistão porque os times do interior são fracos e os três grandes à sua frente ainda não estavam entrosados. As previsões e comentários garantiam que no Brasileirão as coisas seriam diferentes. “Afinal, agora os jogos serão com times também grandes e que em um campeonato longo o time de Carille não teria chance por causa do seu elenco pequeno e limitado”, diziam.   

O jogo entre Corinthians e Palmeiras na noite desta quarta-feira 
é o novo recorde de audiência do futebol da Rede Globo no ano

Não foi um nem dois que chamaram o Corinthians de “quarta força do futebol paulista”. Sabiamente o treinador utilizou isso para motivar seus jogadores “limitados”. E deu certo. Os jogadores acreditaram em Carille, viram sinceridade e competência no comandante e se uniram. Ouvi de uma torcedora corinthiana a seguinte frase: “o encorajamento dos jogadores vem desta falta de fé em suas capacidades e do descompromisso de ser o melhor, já que é a quarta força e que o elenco é limitado”. Talvez essa singela opinião de torcedor explique o que os entendidos não conseguem.

Muita gente deve estar torcendo – e não estou falando apenas dos torcedores adversários - para que o Corinthians comece a perder e não conquiste o campeonato. Assim as coisas voltariam à normalidade das estatísticas, além de dar razão às opiniões dos que previram uma campanha sofrível para o Corinthians esse ano.

O lateral-esquerdo Guilherme Arana foi o nome do jogo:
 sofreu pênalti e fez o seu segundo gol no Allianz Parque
Muita coisa ainda pode acontecer, pois faltam dois terços do campeonato até o seu final. Mas o que se viu até aqui é realmente surpreendente e prova que a obediência tática e união dos jogadores ainda é a melhor fórmula para conquistar resultados positivos. Além da mescla de jogadores experientes com jovens promessas reveladas em casa. Em janeiro, quem poderia imaginar que o lateral-esquerdo Guilherme Arana seria titular absoluto e já cotado para deixar o clube rumo a um time de ponta da Europa? E que o veterano atacante Jô largasse a vida desregrada que levava, entrasse em forma e se transformasse em um atleta que marca forte na recomposição do time, abre espaços, dá assistências e, claro, marca gols? Que Cássio voltasse aos velhos tempos que ajudou o Corinthians a ganhar a Libertadores e o Mundial de Clubes? Que Fagner fosse jogador de seleção? E o que falar então do incansável paraguaio Angel Romero, tão criticado e até ridicularizado? Romero é peça fundamental do esquema de Carille, tanto que já é chamado pelos torcedores mais fanáticos de Cristiano Romero.

Como eu disse na coluna da semana passada, o Corinthians atual é um verdadeiro mistério, tal como o desafio da esfinge de Tebas: "Decifra-me ou te devoro". Assim é o Timão de Fábio Carille, que vai eliminando adversários e calando críticos que não conseguem decifrar o seu enigma.

FOTOS: AG.CORINTHIANS/DIVULGAÇÃO

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Corinthians e o mistério da esfinge


POR ROBERTO MAIA

Corinthians pode continuar surpreendendo aqueles que 
não conseguem decifrar o enigma de Carille (Foto: Pixabay)

"Decifra-me ou te devoro." Esse era desafio da esfinge de Tebas, uma criatura mítica com o corpo de leão e a cabeça de um humano, que conta a mitologia grega, eram mistificadas como traiçoeiras e impiedosas. Assim é o Corinthians de Fábio Carille, que vai eliminando adversários e calando críticos que não conseguem decifrar o seu enigma. Com os bons resultados, muitos cronistas esportivos já apontam o Timão como candidato ao título do Brasileirão. Situação totalmente inversa ao início do ano, quando o time foi apontado por esses mesmos especialistas como a quarta força do futebol paulista e que brigaria para não ser rebaixado no campeonato nacional.

O treinador corinthiano soube usar muito bem as previsões futurísticas para unir o grupo de jogadores em torno de suas ideias e surpreender a todos. Incrível ver a obediência tática dos atletas em campo - inclusive dos reservas e reservas dos reservas. Embora o elenco seja bastante limitado, o time não oscila quando tem que substituir peças por contusões ou suspensões. Prova inequívoca que estão sendo muito bem treinados. Outra constatação é que o time está muito bem preparado fisicamente. Méritos do preparador físico Walmir Cruz indicado por Carille.

Fábio Carille ficou 9 anos como auxiliar técnico no Corinthians
antes de assumir o time principal (Foto: Ag.Corinthians/Divulgação)

Outro fato importante é o aproveitamento de vários jogadores revelados na base do clube. Claro que esse fato se deve muito mais à falta de dinheiro para contratações do que a um planejamento estratégico. Mas o fato é que está dando certo e tem o apoio dos torcedores. Jovens talentos como Guilherme Arana, Maycon, Pedrinho e vários outros já são nomes conhecidos dentro e fora do Brasil.

Para ajudar nessa fase importante de transição para o elenco profissional, o comandante corinthiano chamou Osmar Loss, treinador gaúcho que foi duas vezes campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior com o time Sub-20 do Corinthians. Grande sacada! Tanto que muitos já projetam Loss como futuro treinador de sucesso no cenário nacional.

Se não perder jogadores como Arana e outros nessa janela de transferências do meio do ano, o Corinthians pode sim continuar surpreendendo a todos que não decifrarem o enigma de Carille. 
  
Dança das cadeiras no Tricolor: sai Ceni, entra Dorival Jr.

Rogério Ceni errou ao acreditar que o passado como jogador era 
suficiente para ser treinador  (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Em fevereiro, disse nessa coluna que entre os novos treinadores do futebol brasileiro, Rogério Ceni era o que começava mais pressionado. Falei na oportunidade que o ídolo são-paulino foi muito corajoso em assumir o comando técnico do time que defendeu durante 25 anos e onde ostenta o status de maior ídolo. Optou por não seguir o modelo tradicional – come fez Carille – e começar por baixo, como auxiliar de técnicos consagrados ou nas categorias de base. Acreditou que por ter jogado em alto nível durante 25 anos acumulou conhecimento para ser treinador de ponta. Seis meses mostraram que apenas essa bagagem não basta. É necessário adquirir experiência na função, saber lidar com jogadores das mais diferentes personalidades.


O experiente Dorival Jr. – injustiçado no Santos - chega para tentar tirar o time da incomoda posição que ocupa no campeonato – 18ª colocação. Tem totais condições para isso, pois experiência não lhe falta. E poderá contar com alguns jogadores de bom nível, como é o caso de Lucas Pratto por exemplo. Claro, isso se a diretoria do Tricolor parar de fazer trapalhadas e deixar o treinador trabalhar em paz.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Agonia sem fim! Portuguesa joga e espera por um milagre.

POR ROBERTO MAIA

Portuguesa começa a caminhada mais difícil da sua história 
para tentar ressurgir no cenário do futebol brasileiro 

Tal como o Juventus, a Portuguesa Desportos é um time querido pelos torcedores da cidade de São Paulo. E, por isso, muita gente deve estar sofrendo com a agonia sem fim da Lusa do Canindé. Como diz a letra da música “A Felicidade” de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, “Tristeza não tem fim, Felicidade sim”.

No último domingo, o clube deu mais um passo em direção ao fundo do poço. O time foi eliminado da Série D do Campeonato Brasileiro ainda na primeira fase da competição. Agora, após não conseguir o acesso para a Série A-1 do Campeonato Paulista, a tábua de salvação é a Copa Paulista, um torneio “caça níquel” para não deixar alguns times paulistas sem atividades. Se por um milagre conseguir conquistar o título da competição poderá optar em participar da Copa do Brasil ou do Brasileiro Série D em 2018. Se não conseguir o objetivo ficará fora das competições nacionais pois não existe uma quinta divisão.

A Copa Paulista começou no dia 30/07 e terá 22 equipes divididas em três grupos. A decisão está marcada para 26 de novembro. A Lusa está no Grupo 3 ao lado de Portuguesa Santista, São Caetano, Juventus, Água Santa, Taubaté, Nacional e Santos. A estreia será hoje, dia 4, contra a Lusinha de Santos em casa. A sorte está lançada!

Pequena, mas vibrante, a torcida da Lusa acredita na volta por cima 

No ano passado, a Portuguesa terminou em 19° lugar a Série C e foi rebaixada para a 4ª divisão do Brasileiro em 2017 – a quinta queda da Lusa. Mas o início da agonia lusa teve início após o rebaixamento polêmico à Série B em 2013, quando escalou irregularmente o jogador Héverton na última rodada. No tribunal a Lusa perdeu quatro pontos, caiu da 12ª para a 17ª colocação e salvou o Fluminense da degola. O caso continua mal explicado até hoje.

Fundada em agosto de 1920, a Portuguesa até alguns anos atrás, figurava entre os cinco grandes do futebol paulista. Na memória dos torcedores mais antigos ainda brilham conquistas como as do Torneio Rio-São Paulo em 1952 e 1955, em uma época em que essa competição era a mais importante do Brasil; e os três títulos do Paulistão (a última em 1973 juntamente com o Santos). Em 1996, foi vice-campeã do Brasileirão, e em 2011 levantou a última taça ao conquistar o título do Campeonato Brasileiro Série B.

Ao longo de quase 97 anos de história, vestiram a gloriosa camisa rubro-verde jogadores como Djalma Santos, Julinho Botelho, Leivinha, Marinho Peres, Félix, Ivair, Enéas, Roberto Dinamite, Capitão, Dener, Zé Maria e, mais recentemente, Zé Roberto, Bruno Henrique e Ricardo Oliveira.


Um dos maiores jogares da Portuguesa em todos os 
tempos, Ivair era chamado de “O Príncipe"

O futebol paulista fica mais fraco sem a Portuguesa. Dirigentes dos clubes da cidade deveriam se unir na tentativa de salvar a Lusa. Por que não emprestam sem custos jogadores encostados em seus elencos. Pura utopia, claro. Tal como aconteceu após a tragédia da Chapecoense, as palavras e promessas de ajuda se diluíram no ar. A realidade é cruel. 

Fotos: Portuguesa/Divulgação