Piscininha
no camarote FielZone Jack Daniel’s na Arena
Corinthians divide opiniões (Foto:
Reprodução/Facebook)
POR ROBERTO MAIA
A Copa do Mundo realizada no Brasil em 2014 trouxe
como modernidade apenas um lote de novas arenas construídas a peso de ouro.
Junto a elas, outras construídas pela iniciativa privada como as do Palmeiras e
a do Grêmio. Além disso, pouco avançamos de lá para cá. Na prática, o futebol
brasileiro está a anos-luz do que é praticado na Europa. Até o ainda fraco
futebol dos Estados Unidos é superior quando olhamos a organização como um
todo.
Recentemente, durante o clássico Corinthians x
São Paulo, o Timão inaugurou um novo camarote em sua arena, o FielZone Jack
Daniel’s. O novo espaço de convivência e entretenimento para que os torcedores ganhou
destaque na imprensa e nas mídias sociais pelo fato de anunciar que teria uma
piscina. Comentários favoráveis e contras com os mais variados argumentos.
Adeptos do futebol moderno contra os tradicionalistas se digladiaram com
vontade.
Camarote
tem 1,5 mil metros quadrados, muitos atrativos e
capacidade para 300 pessoas
(Foto: Soccer Hospitality/Divulgação)
Fruto de parceria do clube com a empresa Soccer
Hospitality, que tem camarotes semelhantes no Morumbi e no Allianz Parque, o
camarote tem capacidade para 300 torcedores em dias de jogos e disponibilidade
para até mil pessoas em eventos fechados.
Os visitantes têm à disposição uma ampla área de
1,5 mil metros quadrados, com temática exclusiva da famosa destilaria americana
Jack Daniel’s, uma barbearia, videogame, mesas de sinuca, pebolim, palco para
apresentação musical, open bar sem
álcool, open food com direito a
hamburgueria e churrasqueira.
Premier
League - Enquanto por aqui ficamos discutindo a piscininha
da Arena Corinthians, na Inglaterra, clubes como o Liverpool, Manchester City e
Arsenal fizeram parceria com a gigante Intel para que seus torcedores possam
assistir futebol de uma maneira nunca vista antes. Eles estão implementando o True
View, que permitirá experiências imersivas para os fãs de cada clube. Usando
Realidade Virtual (VR), Realidade Aumentada (AR) ou apenas recursos do celular,
eles verão exatamente o que os jogadores veem durante os momentos mais
decisivos de um jogo.
Para tanto, o True View utiliza uma enorme
quantidade de tecnologia, além de 38 câmeras 5K de ultra-alta definição em
torno de cada uma das arenas - Etihad, Anfield e Emirates Stadium. Câmeras que usarão
captura volumétrica para gravar imagens, criando mais de 200 terabytes de dados
por jogo, todos enviados e processados para
uma sala de servidores dedicada. Nessa sala de controle um produtor será capaz
de criar três
tipos de conteúdo.
Etihad
Stadium do Manchester City está sendo equipado com a
tecnologia avançada do True
View (Foto: Visit Britain/Divulgação)
O primeiro com replays de 360 graus
para dar aos telespectadores o poder de manipular as imagens de forma que eles
possam assistir aos gols e outros lances importantes de todos os ângulos
imagináveis. O segundo criará uma “parede de laser” que fornecerá uma
sobreposição gráfica para análise pós-jogo, dando uma imagem mais clara de onde
os jogadores são posicionados no campo em um momento específico.
E, finalmente, o terceiro e talvez o mais espetacular,
permitirá ao usuário a possibilidade de ser o próprio jogador. Ao congelar um
momento específico do jogo, o torcedor poderá, literalmente, calçar as
chuteiras dos seus ídolos e enxergar o jogo dentro de campo através dos olhos de
um jogador específico. Consegue imaginar isso?
Os três clubes ingleses esperam que um conteúdo
mais imersivo poderá ajudá-los a conquistar mais torcedores, especialmente os mais
jovens. Iniciativas como essa mostram que os principais clubes do mundo pensam
o futebol como um rentável negócio de entretenimento global.
Enquanto isso, aqui no Brasil, ainda se discute a
utilidade e viabilidade do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR). Piscininha, amor!