sexta-feira, 6 de maio de 2016

Teria o Corinthians perdido a sua essência?

Por Roberto Maia
Ángel Romero desperdiçou a “bola do jogo” aos 49 minutos d
o segundo tempo (Foto: Ag.Corinthians/divulgação)

Nos últimos anos, a torcida do Corinthians se acostumou a assistir um time diferente em campo, que privilegia a posse de bola, os toques de pé em pé, uma defesa eficiente e um ataque na medida necessária. Passou a confiar cegamente no treinador Tite, alçado à condição de herói e ídolo após a conquista do Libertadores de 2012 e do Mundial de Clubes. Confiança reforçada ainda mais após levantar o Brasileirão no ano passado. Tite fez por merecer tamanho respeito. Mas, seria ele o responsável por estar enterrando a essência do Timão de time de raça, que persegue as vitórias e não desiste nunca de chegar às redes adversárias dentro ou fora de casa?

    Tranquilo e muito educado nas entrevistas, o professor sempre encontra um motivo para justificar os resultados ruins e acaba por convencer a todos – imprensa, jogadores e torcedores. O estranho é que a fiel torcida aceitou esse novo estilo de jogar e também os argumentos do treinador.

    Ontem, após a eliminação dentro de casa para o Nacional (Uruguai), Tite mais uma vez desfiou seus argumentos. Disse que o processo de crescimento vem com acertos e erros. “Nós queríamos apressar etapa, passar, porque merecia na Libertadores e no Paulista. Mas a efetividade nos tirou, o último terço do campo.” Entenderam? Traduzindo: a falta de efetividade dos atacantes foi a responsável pela eliminação dentro de casa. Mais uma vez, a quinta, em mata matas na arena.
Entendo que Tite deva permanecer no cargo, afinal é considerado o melhor treinador do Brasil e cotado até para a Seleção Brasileira. Está fazendo um excelente trabalho e superando expectativas. Mas ele tem que passar para os jogadores o que é a essência do Corinthians. Ontem quem foi o time mais aguerrido em campo e que brigou o tempo todo pela classificação? Quem disse Nacional acertou. Não deveria ser o contrário?

    E como Tite explicaria o sétimo pênalti perdido na temporada? E justamente pelo centroavante André, que poderia ter mudado a história do jogo. O problema não é perder pênalti, coisa normal no futebol. É perder sequência de penalidades mal batidas por jogadores displicentes. Se André tivesse chutado forte, no alto e o goleiro defendesse, mérito do defensor. Mas não foi o que aconteceu.

    O atual Corinthians com nove jogadores novos é muito imaturo e sem força psicológica para disputar decisões, principalmente do porte de uma Copa Libertadores. Não fosse, Ángel Romero teria convertido a “bola do jogo” aos 49 minutos do segundo tempo.

Tricolor avança – E o São Paulo, que era apontado como o mais fraco entre os brasileiros na Libertadores, conseguiu avançar. Certo que o sofrimento tem sido grande para os torcedores, mas o que importa é a classificação. E, diferentemente do Corinthians, o time vem demonstrando espírito guerreiro e vontade de vencer. O bom resultado dentro de casa garantiu a passagem à próxima fase do torneio, mesmo com a derrota – indolor – de ontem. Mérito do treinador Edgardo Bauza, que já venceu duas e sabe muito bem como se joga na Libertadores. Agora, o Tricolor faz um clássico nacional e encara o Atlético-MG nas quartas de final – que eliminou o Racing (Argentina).

Zebra inglesa – Quem poderia imaginar que o pequeno Leicester poderia conquistar o título inglês superando adversários milionários e cheios de craques. Time que normalmente apenas lutaria para não cair para a segunda divisão, tinha o quarto elenco menos valioso no início do torneio. Com um artilheiro que há seis anos atrás disputava a sétima divisão do futebol inglês. E um treinador, o italiano Claudio Raniere, que somente agora, aos 64 anos, conquista seu primeiro campeonato nacional. Mérito para ele que conseguiu convencer seus jogadores que poderiam vencer adversários teoricamente mais fortes.


    A vontade de vencer sempre foi e sempre será decisiva. Entendeu Tite? 

Edgardo Bauza já venceu duas Libertadores e sabe muito bem 
como se joga o torneio (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Legado ou vergonha olímpica?

Publicado em 28 de abril de 2016
Por Roberto Maia
Vai começar o show, a chama olímpica já está a caminho do Rio 
(Foto: Roberto Castro/Brasil 2016)  

Faltam menos de 100 dias para o início dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e os únicos que demonstram otimismo são o prefeito Eduardo Paes e o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Nuzman. As trapalhadas verificadas na organização da Copa 2014 estão acontecendo em âmbito regional na Cidade Maravilhosa. A frase “O Brasil não é um país sério”, popularmente atribuída a Charles de Gaulle, nunca foi tão atual – e verdadeira.

   Tal como aconteceu na Copa, as obras no Rio estão inacabadas, atrasadas e muitas programadas inicialmente nem serão entregues. O Engenhão, construído para o Pan-Americano de 2007, passa por reformas e não tem prazo definido para ficar pronto. A Linha 4 do metrô está longe de ficar pronta e pode nem circular antes do início dos Jogos Olímpicos. O estádio Aquático Olímpico, já inaugurado, teve a disputa do Troféu Maria Lenk realizada em meio a obras. O velódromo então é uma vergonha aos cariocas. Situado no Parque Olímpico da Barra, a obra que deveria ter sido entregue no ano passado já atingiu R$ 143 milhões e está com 85% de conclusão. Se ficar pronto a tempo será utilizado sem nenhum evento-teste. Aí é que mora o perigo!

   Não bastassem os atrasos, o Brasil é novamente alvo – e com razão – da imprensa internacional que está colocando em dúvida a qualidade e segurança das obras, além de ressaltar sempre a poluição da Baía de Guanabara que receberá as competições de vela. A limpeza desse cartão postal da cidade seria um dos melhores legados da realização da Olimpíada no Rio de Janeiro. Infelizmente, isso não irá acontecer. Para a realização dos eventos-testes, “ecobarcos” recolheram quase 30 toneladas de lixo. O que acontecerá será apenas uma operação de limpeza nas raias de competição, através de um plano de contenção do lixo flutuante. Que pena!

   Para ajudar a afundar ainda mais a imagem do país mundo afora, a queda do trecho da ciclovia na Avenida Niemeyer, que matou duas pessoas, reforça as dúvidas sobre a qualidade das obras no Rio – e no Brasil. Não basta nossa reputação achincalhada por causa do show de horrores protagonizado pelos políticos brasileiros envolvidos em escândalos de corrupção, agora mais essa.
Mas, independentemente de tudo isso, o fato é que a chama olímpica acesa no Templo de Hera, em Olimpíada (Grécia), já está a caminho do Brasil. E, quando chegar em território nacional, no dia 3 dia maio, em Brasília, preparem-se, porque políticos, artistas e candidatos à fama travarão uma disputa verdadeiramente olímpica para chegar perto da tocha e do tal fogo sagrado. E como eu acredito na nossa capacidade de fazer trapalhadas, não duvidem se alguém não conseguir apagar a chama durante uma selfie. Será uma vergonha olímpica! 


Paulistão – Semana passada alertei aqui que o Corinthians corria risco no jogo contra o atrevido Grêmio Osasco Audax. O time treinado por Fernando Diniz demonstrou muito sangue frio ao enfrentar o Timão na arena lotada de corinthianos. Principalmente na hora das cobranças dos pênaltis. Realmente trata-se de um conjunto muito bem treinado. O Santos de Dorival Junior terá muito trabalho na decisão que começa neste domingo. Acredito que o fato de serem dois jogos beneficia o Peixe, porém eu não apostaria meu dinheiro em mais um título santista. O que tenho certeza é que serão dois ótimos jogos e com muitas emoções. Tomara o Audax não seja mais uma bolha como tantas outras que já vimos. São Caetano e Barueri comprovam o que estou dizendo.

Trecho da ciclovia na Avenida Niemeyer, que matou duas 
pessoas, reforça as dúvidas sobre a qualidade das obras 
(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Cuidado Corinthians, o Audax segue sua cartilha!

Publicado em 19 de abril de 2016
Por Roberto Maia
Na primeira fase do Paulistão, o Corinthians venceu o Audax, 
em Osasco, em um jogo bonito e bem disputado 
(Foto: Ag.Corinthians/Divulgação)

Intruso na semifinal do Paulistão 2016, após eliminar o São Paulo com autoridade, o Grêmio Osasco Audax mostra que com seriedade e planejamento os resultados aprecem rápido. A vitória sobre o Tricolor também garantiu a vaga na série D do Campeonato Brasileiro ao clube, que é presidido por Vampeta, ídolo dos corinthianos. O time de Osasco mantém a mesma base há 5 anos – dirigentes, comissão técnica, treinador e boa parte dos jogadores – e tem tudo para ser adversário indigesto ao Corinthians no próximo sábado, 18h30, na arena de Itaquera. O modelo de gestão no futebol é o mesmo adotado pelo Timão nos últimos anos com excepcionais resultados. A diferença é que o Corinthians anualmente tem que repor seus melhores jogadores que deixam o clube ao final de cada temporada. Problema que a comissão técnica e o técnico Tite estão conseguindo resolver com bastante sucesso.

    Em 2011, o Velho Vamp encerrou a carreira de jogador de futebol no Grêmio Osasco. Sua empatia com o clube lhe garantiu um convite para treinar o time e, mais tarde, gerente de futebol até chegar à presidência do clube. O presidente remunerado cuida também de outras duas equipes em Osasco e uma no Rio de Janeiro, resultado da compra do Audax, em 2013.

    Criado em 2007 por empresários da cidade, o Grêmio Esportivo Osasco alcançou resultados meteóricos na última década. Nos primeiros cinco anos alcançou três acessos (Série B/2008, Série A3/2009 e Série A3/2012). Em 2010, tudo deu errado e o time foi rebaixado na Série A2, o que motivou uma completa reestruturação para voltar a vencer. Inclusive investindo pesado nas reformas do Estádio Municipal Prefeito José Liberatti e do seu Centro de Treinamento.

    Mas a grande revolução foi a compra do Audax (São Paulo e Rio), equipe que pertencia ao Grupo Pão de Açúcar e que conquistou o direito de disputar a elite do futebol paulista. Só para lembrar, o Audax revelou outro ídolo do Corinthians, Paulinho atualmente na China. O Osasco-Audax investe também na base, tanto que o elenco que chegou à semifinal do Paulistão tem cinco jogares formados nas divisões inferiores.


    Treinado atualmente por Fernando Diniz – que já esteve no clube no início de 2015 -, o time mostra um futebol moderno e envolvente, com muitos toques de bola que na maioria das vezes começa com o goleiro Sidão. Tudo muito parecido com o esquema tático de Tite no Corinthians. A maior diferença está na folha de pagamento. Enquanto a do alvinegro está na casa dos milhões, o Osasco-Audax gasta apenas R$ 350 mil, sendo que o maior salário é de R$ 20 mil. Portanto, sábado estarão em campo dois times que propõem o jogo e privilegiam o toque de bola. E tudo pode acontecer, menos um futebol feio.  

Ídolo do Corinthians, Vampeta é o presidente do Audax 
um dos responsáveis pela ascensão do time (Foto: audaxsp.com.br)

Alemanha dá aula de competência no futebol

Publicado em 14 de abril de 2016
Por Roberto Maia
O Bayern Munique manda seus jogos no Allianz Arena, estádio 
construído para a Copa 2006 com capacidade para 
71,1 mil espectadores (Foto: Markus Dlouhy/divulgação)

Estou há uma semana na Alemanha e a cada cidade que visito entendo porque a seleção alemã é a atual campeã mundial e que o humilhante 7 a 1 não foi por acaso. O país é extremamente organizado e nos destinos que conheci, as arenas estão em perfeito estado e com atividades que vão além do futebol.

   Comecei o meu tour pela Baviera, estado famoso pela cerveja e também do atual campeão da Bundesliga, o poderoso Bayern Munique. Por todas as partes há referências ao time comandado por Pepe Guardiola. Clube mais famoso da Alemanha e com a maior torcida, já conquistou 25 títulos do Campeonato Alemão e 17 da Copa da Alemanha. Em disputas internacionais venceu cinco taças da Liga dos Campeões da Europa, uma da UEFA, uma Recopa Europeia e uma Supercopa Europeia, além de duas Taças Intercontinentais e um Campeonato Mundial de Clubes da FIFA.

    A torcida do Bayern não é tão grande como a dos nossos principais clubes brasileiros, porém contabiliza cerca de 285 mil membros associados, o que, entre outros recursos, o torna o quarto clube mais rico do mundo e com valor estimado em 367 milhões de euros. Algo impensável no nosso futebol tupiniquim.

    Mas o apoio dos torcedores não é privilégio dos fãs do time bávaro. Em toda a Alemanha os estádios recebem grandes públicos nos jogos da Bundesliga. Na temporada 2014/15 mais uma vez o campeonato alemão obteve a maior média de público da Europa com 43,5 mil torcedores por jogo. A comparação com o Campeonato Brasileiro é até uma covardia. Em 2015, a média foi de 17 mil torcedores por jogo, sendo que Corinthians e Flamengo contribuíram muito para esse número. Os times mais populares do país tiveram público médio de 34,1 mil e 30,9 mil torcedores respectivamente. 

    Porém, apesar do poderio do Bayern Munique, o time que leva mais torcedores aos jogos é o Borussia Dortmund com média impressionante de 80,4 mil torcedores por jogo. Sim é isso mesmo, não foi um erro de digitação. Com 100% de ocupação em todos os jogos, o Borussia tem a maior média de público do mundo. Com números menores, mas maiores do que a realidade do futebol brasileiro em relação ao alemão estão o Bayern Munique (72,9 mil), Schalke 04 (61,5 mil), Hamburgo (53,2 mil), Stuttgart (50,7 mil), Borussia Moenchengladbach (50,6 mil), Hertha Berlim (50,2 mil), Colônia (48,3 mil), Eintracht Frankfurt (47,6 mil), Hannover (47,6 mil) e Werder Bremen (40,8 mil).

    O segredo? Nada de excepcional. Apenas muita organização, clubes sem dívidas e com caixa para manter elencos de primeira linha. Nos estádios o atendimento aos torcedores é total e os serviços e produtos são de primeira. Tudo isso aliado a ingressos com preços acessíveis e vendidos antecipadamente. Quem optar em comprar no dia do jogo pagará bem mais caro, isso se ainda tiver ingressos disponíveis. Ou seja, o torcedor não é explorado e é visto como um importante parceiro para as finanças dos clubes. A fidelização assegura a presença dos torcedores nos jogos e, consequentemente, uma receita adicional dentro das arenas vinda da venda de comida, bebida e produtos com a marca dos clubes. Eis a fórmula para obter lucro certo e garantido.

    Como estou observando por aqui, a Alemanha trata o futebol com muita seriedade e profissionalismo. Um jogo de futebol não é apenas um jogo de futebol. É um espetáculo de entretenimento organizado por empresas competentes e estruturadas, no caso os clubes. Enquanto isso, no Brasil, estamos caminhando para trás. Clubes cada vez mais pobres e endividados, sem nenhuma gestão profissional e sob o cabresto de entidades (federações estaduais e CBF) envolvidas em escândalos de corrupção.


    Olhando tudo isso acho até que os 7 a 1 ficou barato!

Chega de enxugar gelo! Por que não seguir o exemplo da Europa?

Publicado em 7 de abril de 2016
Por Roberto Maia
O Inglaterra reprimiu e puniu os hooligans que causavam 
muitos prejuízos e mortes por onde passavam

O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, determinou no início dessa semana que até o próximo dia 31 de dezembro, os clássicos de SP terão torcida única. Será que ele realmente pensa e acredita que a violência entre torcidas organizadas terá um fim com tal medida? Ou apenas está enviando uma mensagem à sociedade, que já está cansada de conviver com esses conflitos, de que o governo está agindo com rigor. É questionável. Até porque ele certamente não imagina como funcionam e agem as torcidas. Não sabe nem as coisas boas que elas praticam e tão pouco as maldades que são capazes de praticar.

    A decisão veio após a série de confusões ocorridas na capital paulista e na Grande São Paulo, no domingo passado, envolvendo torcedores do Corinthians e do Palmeiras. Além dos muitos danos materiais e dezenas de feridos, um senhor, que estava no lugar errado na hora errada, acabou morto por tiro. A polícia até que fez a parte que lhe cabe e prendeu cerca de 30 torcedores envolvidos nas confusões, além de apreender barras de ferro e pedaços de madeira usados nas brigas. No final da noite todos voltaram para suas casas. Ninguém ficou detido.

    O secretário também determinou que as torcidas organizadas não poderão mais utilizar nenhum símbolo ou adereço que as identifiquem nos dias de jogos. Isso quer dizer que não poderão mais levar faixas, bandeiras, camisas e instrumentos musicais aos estádios. A violência cessará por causa dessa inteligente medida? E se não acabar – e acredito que não acabará e poderá até aumentar – o policiamento não terá como identificar os brigões. Eles continuarão frequentando os estádios isso é certo. Até os que estão proibidos de entrar nas praças esportivas frequentemente postam selfies nas redes sociais assistindo aos jogos tranquilamente, como a mandar um recado para as autoridades impotentes – e incompetentes.

    De 2012 até agora já morreram cerca de uma centena de torcedores em brigas entre torcidas. E a perspectiva é que o número continuará crescendo porque não as medidas adotadas são paliativas e não resolvem. O que estamos assistindo nos últimos anos a Europa – e principalmente a Inglaterra – viveu há mais de 30 anos atrás. A violência praticada pelos hooligans – nome dado aos torcedores violentos – causou muitos prejuízos e mortes. Até que medidas eficazes e definitivas foram tomadas após a morte de 39 torcedores da Juventus, da Itália, em conflito com os fanáticos do Liverpool em jogo da Copa dos Campeões, em Bruxelas, na Bélgica. Durante cinco anos os times ingleses ficaram proibidos de participar de competições europeias.


    A “Batalha de Heysel” como ficou conhecida foi um marco. Os hooligans foram reprimidos e os que se envolviam em brigas eram presos e condenados com rigor. Nos estádios eles eram isolados em locais com grades eletrificadas e com arame farpado em cima. A mudança de comportamento passou pela construção de novos estádios e ampla reforma de outros. Os assentos individuais e numerados surgiram nessa época. Claro que apenas isso não bastava. Uma política de prevenção foi implementada. Os baderneiros passaram a ser identificados e monitorados. A Inteligência policial passou a ser a principal arma. Pouco depois, Alemanha e Espanha também seguiram o exemplo inglês. Hoje, não por coincidência, esses países realizam os campeonatos mais rentáveis do planeta.

As medidas para acabar com a violências tiveram 
início há mais de 30 anos e a inteligência policial 
foi a principal arma (Fotos: reprodução/flashbak.com)