POR
ROBERTO MAIA
O
Paulistão 2020 retornará com portões fechados e rígido protocolo de segurança
para jogadores, árbitros e demais envolvidos nos jogos (Foto: Cesar
Greco/Palmeiras/Divulgação)
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A pandemia por causa do novo coronavírus (Covid-19)
parou o futebol em praticamente todo o mundo. Uma das raras exceções é a Bielo-Rússia,
única ditatura ainda em curso na Europa. Os torcedores brasileiros já estão com
saudades de ver seus times em campo, enquanto os clubes e federações querem
voltar logo à ativa motivados pela necessidade voltar a ter faturamento.
Nesse contexto, a Alemanha já anunciou que a bola
voltará a rolar no país a partir do dia 9 de maio. Para tanto, a federação
alemã já colocou em prática medidas de proteção bastante rigorosas. Se tudo
correr bem, os jogos serão realizados inicialmente sem a presença de público
por causa de determinação do governo alemão que proibiu eventos com aglomeração
até o dia 31 de agosto.
Tal como na Alemanha, a iniciativa deve também
ocorrer em outros países do Velho Continente.
No Brasil, A Federação Paulista de Futebol (FPF) e
os clubes que disputam a Série A1 resolveram que querem a sequência do
Paulistão 2020, embora ainda não saibam quando isso poderá ocorrer. O principal
motivo é o contrato com a Rede Globo, que cortaria alguns pagamentos se o
campeonato não retornar mais nessa temporada.
Para que o Paulistão possa ter sequência, a FPF,
através do seu diretor médico, Moisés Cohen, prepara um protocolo de cuidados
para os clubes retornarem aos trabalhos após as férias dos jogadores que
terminam no final de abril. Porém, ele não estipula uma data para os jogos
voltarem a acontecer e acredita que serão realizados sem a presença de
torcedores nos estádios.
“Nós elaboramos alguns cuidados que vão desde a
avaliação e os testes que deverão ser feitos antes dos jogadores se reapresentarem.
Depois uma nova bateria de testes durante a primeira fase e 15 dias, e,
finalmente, mais um último teste”, explica o médico.
Segundo Cohen, essa cartilha de recomendações será elaborada
em conjunto com os médicos dos clubes e irá detalhar qual será a rotina de
treinamentos. Ele explica também que tudo tem que ser coordenado junto às
comissões técnicas e funcionários de apoio como pessoal da cozinha e de
manutenção. Essas ações demandariam de 15 a 20 dias a partir do início dos
treinos. E a orientação será para que os clubes utilizem um número mínimo de
funcionários.
Movimento
Seleção Solidária
Jogadores,
comissão técnica e CBF arrecadaram R$ 5 milhões para
ajudar famílias em
situação de vulnerabilidade por causa da pandemia
(Foto: Lucas
Figueiredo/CBF/Divulgação)
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Enquanto o futebol não volta no Brasil, uma ação conjunta
entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), jogadores da Seleção
Brasileira e comissão técnica arrecadou R$ 5 milhões, que serão utilizados para
a compra de cestas básicas de alimento, limpeza e higiene pessoal para atender famílias
em situação de vulnerabilidade em todo o país.
Com o montante já arrecadado, será possível atender
32 mil famílias pelos próximos dois meses, através das entidades Ação da
Cidadania, Central Única das Favelas (CUFA) e Transforma Brasil.
Membros da comissão técnica, jogadores e o
presidente da CBF, Rogério Caboclo, fizeram doações que somaram R$ 2,5 milhões.
A CBF dobrou este valor, totalizando R$ 5 milhões.
Mas a ação não termina e a ideia é envolver outros
atletas e torcedores em geral para novas doações. As contribuições devem ser
realizadas através de depósitos na conta corrente disponibilizada pela Ação da Cidadania,
que irá centralizar a arrecadação e depois repassará parte dos recursos para as
outras duas entidades. Anote aí:
Associação Comitê Rio da Ação da Cidadania Contra a
Fome, a Miséria e Pela Vida - CNPJ 00.346.076/0001-73
Banco: Itaú - Agência 0417 - conta corrente:
65.638-6
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